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Desenhei na minha cabeça mil e uma possibilidades de fuga a esta situação, ora juntos ou separados. Sempre que pensei nos desenhos juntos, lembrei-me de palavras tuas que me fizeram parar o pensamento positivo e me levaram rapidamente para o negativo, negativo apenas para mim. Pensei que tal como eu andei perdida em pensamentos tu também podias ter andado. Pensei que da mesma maneira que eu te desenhei junto e separado de mim, que tu também podias ter feito os teus esboços. Ficamos pelos esboços, pelos esquissos, pelas frases inacabadas, pelo tempo que deixou de ser meu e teu. Hoje não quero saber do que vem amanhã, do que me vai trazer o tempo. Quero guardar tudo o que tenho teu longe das minhas mãos, não quero fazer mais desenhos de ti, não quero escrever mais sobre ti, não quero que o meu pensamento seja levado até ti, quero tanto ficar sozinha quanto tu. Sozinha de ti, sozinha do que não é mais meu, sozinha mesmo.
Perdi a noção do tempo, apenas quis tocar o céu sem que te fosses, apenas quis-me ter antes de te ter. Hoje tenho-me, meia perdida, mas tenho-me!
Deixo um coração estragado para alguém que nada teve culpa do tempo que foi teu, mas que de certo pouco se importará com a razão desse tempo ter sido tão teu e menos dele.
No final de todos os esboços, pensamentos perdidos, tempo e lágrimas entre cada página de um diário, fica o desejo que o dia de amanhã seja apenas um pouco melhor que o de hoje e que os mil dias que hão-de vir, que sejam os melhores, os melhores de uma liberdade tua! Agora que o que faz sentido é nada, e que o que tenho é tudo, vou só respirar, porque só agora consigo respirar de alivio e dizer que o fim é todo, todo meu!
devagar ; ornatos violeta
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